Fechada
Por dentro,
metade conteúdo
e o dobro de elemento
Compreensão.
E quando, bem lacrada
Se inicia o procedimento...
...alguns minutos de silêncio
com muita pressão,
depois gira
grita e gira
num crescente,
continuo e ritmado
Em ebulição por dentro
esfumaçando
fervendo
Da cozinha
um cheirinho de coentro
E só nos resta esperar,
encerrar o ciclo mensal
ou comer um feijão pagão
direto ali de dentro,
da panela fatal
ou da mulher de pressão.
Realidade, cadê você?
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Sem Palavras ou SP
Um número de dois ou três dígitos seguido de muitos zeros... E nem preciso de pesquisas ou calculadora para chegar a esta estatística, basta estar a vista.
Reflito que no reflexo refletem espectros, imagens espalhadas pelos espelhos.
Revistas.
A cada andar pelo menos cinco janelas ou trocas de olhares multiplicando múltiplos.
Cumprimentos e tamanhos são mais difíceis de contabilizar.
E cada janela, mais ou menos, cinco gentes.
Gente é o que mais tem.
Tem muita gente.
Tem muito a gente.
Grande como um elefante, rápida como uma formiga.... segue assoviando:
"Quando eu te encarei frente à frente TE VI NO MEU rosto..."
terça-feira, 15 de julho de 2014
Rela ação
O desespero causado pela saudade
Criando forma em mordidas
Para tirar as roupas
Movimentos rasgantes.
No encontro das peles
Mistura de cores
Suores e odores.
No entrelaçar dos corpos
Encaixes sonoros
Batucadas de um tambor antigo.
Enquanto dentro
A magia acontece
E estarrece.
Ensopados, quedam-se em silêncio
Encostados para melhor sentir
A vibração anda latente
Sem nenhum movimento.
Palavras escorrem perna a baixo
E o encontro dos olhos dialogam
Numa conversa infinda.
Nem ação
Nem fala
Nada descreve o quando
De uma relação.
Criando forma em mordidas
Para tirar as roupas
Movimentos rasgantes.
No encontro das peles
Mistura de cores
Suores e odores.
No entrelaçar dos corpos
Encaixes sonoros
Batucadas de um tambor antigo.
Enquanto dentro
A magia acontece
E estarrece.
Ensopados, quedam-se em silêncio
Encostados para melhor sentir
A vibração anda latente
Sem nenhum movimento.
Palavras escorrem perna a baixo
E o encontro dos olhos dialogam
Numa conversa infinda.
Nem ação
Nem fala
Nada descreve o quando
De uma relação.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Janela arterial
Ei, Frida,
Pisei nos espinhos
Das rosas que ele me deu
Sangrei no vidro de vinho
Que a gente bebeu
Os quereres se querem
Ferem frutas feridas feras
Proliferam flores sem pudores
Pelos poros
Pela pele entregue
Sussurrantes infartos leves
Calafrios quentes
Subindo espinha acima
Gritos
Prazer de doer
Contornos e encaixes alucinógenos
Sonhos encruados
Unhas afiadas enfiadas nas costas
Gotas em doses homeopáticas
As tatuagens da cic - atriz
Saborosas amoras híbridas
Agora nela.
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Janela's mídia player
Nasci com um certo defeito de fabricação
-Odeio escolher!
E isso não é só por ser libriana não.
É um problema difícil de resolver.
Com o passar dos anos
os arquivos de memória
foram aumentando
imagens, músicas, histórias
E eu fui abrindo abas de boné
nas janelas de conexão,
muita informação,
Entre verdades e mentiras
o que realmente é.
Fui traçando trilhas
e tomando café.
Para não precisar decidir,
Passei a vida a incluir.
Fui anexando tudo
um pouco daquilo
um pouco mais disso
Em alguns arquivos, confesso:
-Dei sumiço,
como tomo expresso.
Mas, cada coisa tem sua função
E, como parar amar,
serve o coração,
para sorrir,
a boca deve esticar...
Janelas só prestam
para abrir
se fechar.
-Odeio escolher!
E isso não é só por ser libriana não.
É um problema difícil de resolver.
Com o passar dos anos
os arquivos de memória
foram aumentando
imagens, músicas, histórias
E eu fui abrindo abas de boné
nas janelas de conexão,
muita informação,
Entre verdades e mentiras
o que realmente é.
Fui traçando trilhas
e tomando café.
Para não precisar decidir,
Passei a vida a incluir.
Fui anexando tudo
um pouco daquilo
um pouco mais disso
Em alguns arquivos, confesso:
-Dei sumiço,
como tomo expresso.
Mas, cada coisa tem sua função
E, como parar amar,
serve o coração,
para sorrir,
a boca deve esticar...
Janelas só prestam
para abrir
se fechar.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
ABACATEIRO ACATAREMOS TEU ATO
cacos engarrafados de um mesmo resto
Aquele verde ainda vibra
O chamado xamã queima
ainda
Ainda restam
Satisfação sobrando
Refazendo o sempre
Com as amoras
gargulantes
Violência leve
que o vento leva
Sobram os cacos nas sombras
Existo
Insisto
Insisto em andar descalço
sobre os cacos de vidro
num fluxo contínuo...
Aquele verde ainda vibra
O chamado xamã queima
ainda
Ainda restam
Satisfação sobrando
Refazendo o sempre
Com as amoras
gargulantes
Violência leve
que o vento leva
Sobram os cacos nas sombras
Existo
Insisto
Insisto em andar descalço
sobre os cacos de vidro
num fluxo contínuo...
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Assassinato asinado
A voz me foge aos berros de poemas meus
Eus íntimos pendurados em varais alheios
Os ossos, malandros oficiais
marcham trepidando
como matracas de procissão
Alice era o verdadeiro nome de Chirriro
Antes que a bruxa malvada do oeste
tivesse roubado seu sapatinho de cristal
Fadas verdes não estão somente
nas garrafas de absinto
Espadas em punho, capas
Pintos
Não rejeitem nenhuma arma do recinto.
Nesta guerra, os inimigos são certeiros
sinceros em suas flechas
os ponteiros.
saio sambando de saia
caio cambaleando na calha
Nem ferida e nem sangrando
Já combinei com o capitão gancho:
Eu mato a sininho
Ele mata o Peter Pan
E aí a gente cresce.
Eus íntimos pendurados em varais alheios
Os ossos, malandros oficiais
marcham trepidando
como matracas de procissão
Alice era o verdadeiro nome de Chirriro
Antes que a bruxa malvada do oeste
tivesse roubado seu sapatinho de cristal
Fadas verdes não estão somente
nas garrafas de absinto
Espadas em punho, capas
Pintos
Não rejeitem nenhuma arma do recinto.
Nesta guerra, os inimigos são certeiros
sinceros em suas flechas
os ponteiros.
saio sambando de saia
caio cambaleando na calha
Nem ferida e nem sangrando
Já combinei com o capitão gancho:
Eu mato a sininho
Ele mata o Peter Pan
E aí a gente cresce.
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