terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Manhã de verão

CABRUM!
(Bocejos)

Pessoas correndo enquanto eu olho da janela
Um fusca vermelho vai na tempestade
Uma folhinha branca que desce o morro todo na enxurrada encostada ao meio-fio
Tudo branco, um vento quase frio.
As árvores dançando.
Ah que barulho maravilhoso
E tanto quanto assustador
O cheiro do asfalto quente encontrando as gotas geladas e apressadas da chuva.

Enquanto o coqueiro quebra e requebra de um lado para o outro,
a mangueira lá no fundo do quintal fica paradinha.
De vez em quando um folhinha da sinal de vida.
Ela é pesada, deve estar carregada de mangas.
Um fusca branco vem na tempestade.

A chuva parando e uma vassoura caída na rampa, que é o único caminho até a mangueira.

Se amanhã fizer sol, vou descer a rampa e chupar manga.

De novo (escrito 01/01/09)

De novo um ano termina
De novo outro começa
De novo faço rimas
De novo alguém despresa
De novo solto fumaça
De novo a chuva passa
E de novo mesmo
Nada...